sábado, 27 de novembro de 2010

Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem..."




(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dispenso

uma vida rotulada,humores instáveis,amor de hora marcada.Nego reviver o passado

e ter maturidade quando quero colo.Discordo viver sobre desculpas e amordaçar

minha tolerância.Não esfolo meu valor com o descaso.Não podo minhas asas.Não

oscilo de opinião.Adorno meus medos,dores são segredos; prefiro expor o que

tenho de bom.Não sou de faces,mas tenho fases. Não invento personalidade,nem

crio situações.Que me achem fria;que me julguem estranha.Que se afastem os

que confundirem autenticidade com estupidez.Sou o que quebra e não cola;o que

brota mas também desfolha.A intensidade de uma ocasião.Perfeita,ou

não...